quinta-feira, 30 de julho de 2009

A educação dos jovens


Segundo um velho ditado africano, é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. A criação e a educação de um indivíduo é uma acção que envolve vários participantes. O papel principal cabe à família mas também a escola, o meio social ao qual se pertence, a televisão, a Internet, os livros que se lêem, a religião que se professa condicionam a educação do ser humano.
A família, para além de dar à criança os bens necessários à sua sobrevivência (comida, roupa, casa, cuidados de higiene e de saúde), deve também transmitir valores que permitam viver em sociedade de forma harmoniosa, ajudar na instrução e educar para que os comportamentos de cada indivíduo se adequem à vida em comum. À família cabe o papel de ensinar a respeitar o outro, a ser honesto e verdadeiro, modesto mas curioso, a defender os seus interesses educadamente, a compreender que a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros e que o trabalho é um valor importantíssimo.
A escola, o meio social que rodeia a criança, os media, os livros (quando se lê), a igreja, ou a sua ausência complementam a educação/ formação do futuro cidadão. Contudo, quando as famílias funcionam bem e os pais se envolvem na educação dos filhos, a influência destes últimos é sempre a mais importante, pois os assuntos relacionados com a escola, os livros lidos, os programas vistos são discutidos em família e os pais aproveitam para transmitir os seus próprios valores
Todos sabemos que há cada vez mais crianças mal-educadas. O que é que se passa, na nossa sociedade? Como diz o padre António Vieira, no Sermão de Santo António aos Peixes, "Ou o sal não salga, ou a terra não se deixa salgar". Isto é ou os pais não estão a educar convenientemente, ou os filhos não recebem a educação que se lhes pretende transmitir.
Talvez as duas hipóteses sejam verdadeiras.
Todavia, para mim uma é mais verdadeira do que a outra. As famílias debatem-se com vários problemas: falta de tempo, não saber como educar, transmitir valores errados muito baseados nos bens materiais e fúteis, deixar que a Internet e a televisão assumam o papel de transmissores de valores, não ter autoridade perante os filhos...
A verdade é que a falta de educação, de valores, do saber conviver com o outro estão a transformar a nossa sociedade numa sociedade intolerante, sem harmonia, e infeliz.
Tudo isto é verdade, sobretudo no local onde trabalho: a escola.

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